quinta-feira, 2 de abril de 2009

Carteirada no bafômetro

A motorista Sueli Werneck foi parada numa blitz da Operação Lei Secana Estrada do Cafubá, em Niterói, na madrugada do último domingo. A condutora estava sem CNH e, ao se recusar a fazer o teste do bafômetro, seria encaminhada à delegacia. No entanto, de acordo com o o subsecretário estadual de Governo e coordenador da Operação Lei Seca, Carlos Alberto Lopes, sua cunhada, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) do Rio Renata Cotta foi liberada pelos policiais militares.

A desembargadora disse que ligou para o comandante do 12º BPM (Niterói) para saber os nomes dos dois PMs do batalhão que estavam na blitz para "caso precise de testemunhas que comprovem o que realmente aconteceu". Segundo Renata, ela estava ali como cunhada e não como desembargadora.

O presidente do TJ, Luiz Zveiter, afirmou que está investigando a conduta da desembargadora.

O que dessa história é possível?

5 comentários:

  1. Que ela estava como cunhada tudo bem! Agora o comandante deve ser ter bola de cristal para advinhar que ela é desembargadora.
    O mais possível nessa história é a pouca vergonha dos que se consideram as "maiores e mais " importantes autoridades...

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  2. Tudo acabará em pizza e se houver punição será para os policiais,pois confunde-se poder com autoridade.

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  3. Hoje a relação entre TJ-RJ e a PMERJ é muito estreita. Há mais de 600 policiais cedidos atualmente ao Tribunal de Justiça fluminense. Oficiais ganham cargos em comissão com altas remunerações e, após a extinção da Guarda Judiciária, os policiais militares dominam a segurança no Palácio da Justiça. Agora é uma pergunta que fica: Algum comandante de batalhão ousaria perder uma boquinha (ou futura boquinha) dessas? "Pede desculpas a excelentíssima e tá tudo em casa, chefe..."

    Abraço

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  4. Em nenhuma das duas circunstâncias a prisão tem embasamento legal. Dirigir sem CNH é passível de multa e retenção do veículo. Negar-se ao uso do bafômetro também é prerrogativa do cidadão, porque ele não usar algo que pode se virar contra ele. Chamar a cunhada desembargadora é que antiético. Mas a ética também não leva à prisão. Curiosa questão. bjs. Veronica

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  5. Normal isso. Sei lá, essas coisas não me chocam mais. Vivemos no país do absurdo! =/
    Beijim!!

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