quinta-feira, 4 de junho de 2009

Após 30 anos de sujeira...

Será inaugurado amanhã (05/06), Dia Mundial do Meio Ambiente, a unidade de tratamento de esgoto da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, 30 anos após a criação do bairro.

Em 1979, ainda com 28.528 habitantes, a Barra começou a luta sem sucesso pelo tratamento do esgoto da região. Hoje com 115 mil habitantes, a estação será posta em atividade e reduzirá os poluentes do emissário, que, desde abril de 2007, já retirou das lagoas de Jacarepaguá, Tijuca, Camorim e Marapendi mais de 70 bilhões de litros de esgoto doméstico, lançado a cinco quilômetros da costa.

Segundo matéria do O Globo On Line, "a estação de esgoto da Barra será inaugurada com até 1.200 litros de esgoto por segundo passando por seus dutos e canais de tratamento - o equivalente a pouco menos que a metade da capacidade da unidade e a todo o esgoto já coletado pela rede. O presidente da Cedae, Wagner Victer, espera ampliar os troncos coletores para alcançar a marca de 2.500 litros por segundo de efluentes tratados até 2011. Segundo a Cedae, este valor representaria cerca de 90% do total do esgoto produzido na região".

O crescimento da população formal da região está previsto pela Cedae, já que tanto o emissário quanto a estação podem ser dobradas. Já foram gastos cerca R$ 434 milhões no saneamento da Barra e cerca de R$ 120 milhões ainda serão investidos.

3 comentários:

  1. E precisaremos de mais uns 100 anos para nos livrarmos dos efeitos desses 30 anos sem esgotamento. Se pensarmos nas várias áreas da cidade, incluindo comunidades populares, ainda sem rede de esgoto, concluiremos aonde estamos pisando.

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  2. Em relação às favelas, temos até as desculpas da ignorância e do abandono total do Estado. Contudo, as áreas onde residem pessoas com alto poder aquisitivo e elevado grau de instrução não podem contar com tais justificativas. A Lagoa recebeu esgoto dos moradores daquela localidade durante anos, mas os moradores reclamavam só quando havia mortandade de peixes. A mesma coisa acontece na Barra. É preciso que os moradores dessas comunidades, tão privilegiadas em vários outros aspectos, deem sua contribuição à parcela menos favorecida da sociedade. Pelo menos para garantir praias limpas, que, aliás, é o principal motivo da valorização de seus imóveis.

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  3. A Barra teve um crescimento imobiliário gigantesco sem nenhuma preocupação, tanto do governo quanto das construtoras.

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