domingo, 31 de maio de 2009

Onde está Patrícia?



Segundo matéria publicada no jornal O Dia, membros da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) estão dispostos a auxiliar a Polícia Civil do Rio nas investigações do caso da engenheira Patrícia Amieiro Franco, desaparecida na madrugada de dia 14 de junho de 2008, com 24 anos.


Conforme afirma o vice-presidente da APFC, Hélio Buckmuller, ao jornal: "Não podemos atuar diretamente na investigação, pois está na esfera estadual, e somos peritos da Polícia Federal. Mas o Ministério Público pode requisitar a perícia ao Instituto Nacional de Criminalística (órgão de perícia da PF)".

Buckmuller diz que as informações sobre o caso indicam interferência no trabalho da perícia: laudos conflitantes e inconclusos e remoção de técnicos que atuaram no caso.

O promotor Homero Freitas afirma não ter certeza da necessidade da ajuda da PF mesmo com a falta de conclusões, pois considera o delegado do caso competente e comprometido com a verdade.

O perito federal Hélio Buckmuller opina que a falta de autonomia [interferência no trabalho da perícia] pode ter favorecido uma coação.

Em 2008, o pai de Patrícia, Antônio Celso Franco, foi a Brasília pedir ajuda ao gabinete da Presidência da República para que a PF entrasse no caso.

Relembre o caso.

No dia 07 de junho, familiares e amigos de Patrícia farão uma manifestação na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em busca da verdade sobre o caso.

2 comentários:

  1. Mais um caso de incompetência,ou comprometimento, ou omissão da Polícia Civil. Mais uma vida que se foi e que não se tem no mínimo respeito pela dor dos familiares e amigos.
    Que entre no caso a Polícia Federal... Mais uma esperança de solução!!!

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  2. Patrícia está no centro da realidade do Rio de Janeiro. Perdida no mar de interesses que passam longe da coisa pública, vai se perdendo entre milhares de inquéritos policiais amontoados nas nossas Delegacias, que só mudaram fisicamente. Sua lembrança ainda respira ofegante, tendo em vista o poder aquisitivo de sua família, assim como respirou durante algum tempo a da famílica de Vítor Belfort, no caso de sua irmã. Poderíamos especular eternamente sobre os motivos de seu desaparecimento, a forma como se deu e os possíveis personagens da história. Contudo, será que seria pertinente? Querer justiça para um não é querer justiça sempre. Se quisermos saber das futuras Patrícias, temos que pensar numa mudança estrutural das polícias do nosso Estado. E repito: a culpa não é exclusiva do policial, e sim da sociedade - onde também estão inseridos os agentes da lei - e da alta cúpula da segurança pública.

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