Conforme foi noticiado, um golpe militar no último domingo (28/06) tirou do poder o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, detido na data marcada para um plebiscito sobre uma possível consulta acerca da possibilidade de uma reforma constitucional. Na Costa Rica, Zelaya declarou que foi vítima de um "sequestro brutal" por parte de um "grupo de militares" de seu país e afirma que estará de volta ao país na quinta-feira (02/07) para cumprir seu mandato de quatro anos.
Para Obama, se Zelaya não voltar à Presidência de Honduras, o golpe estabeleceria um "terrível precedente". Lula, por sua vez, afirma que o Brasil "não reconhece" o novo governo de Honduras e o Itamaraty suspendeu a volta do embaixador brasileiro ao país.
Estações de rádio e de TV de Honduras foram fechadas entre domingo e segunda. Soldados invadiram uma popular estação de rádio e fecharam as redes internacionais de TV CNN em Espanhol e Telesur, emissora venezuelana patrocinada por governos esquerdistas da América Latina.
Comentários que circulam na internet citam o acontecimento como legal, com base no Artigo 239 da Constituição de Honduras, que estabeleceria que: El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Vicepresidente de la República. El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, así como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos y quedarán inhabilitados por diez (10) años para el ejercicio de toda función pública. Assim, o plebiscito seria inconstitucional e acarretaria a destituição automática do cargo.
Vivemos tempos democráticos. Isso é um fato. Os tempos de escuridão passaram e não podemos deixar que eles acordem. Se a destituição foi golpe, já sabemos o resultado: privação de todos os tipos de liberdade. Se a constituição prevê que não é possível questioná-la, a conta dá o mesmo número.
Inspirada em "Goodbye Bafana" (Mandela - A luta pela liberdade): "Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta. Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo". (Discurso de posse, 1994)
Obrigado, prefeito!
Há 9 anos