domingo, 8 de fevereiro de 2009

Beco da intranquilidade

Na manhã deste domingo Raíssa de Moraes, 5 anos, foi executada com tiro no peito ao presenciar o assassinato do pai, Damião de Moraes, no Beco da Tranquilide, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Todos somos vítimas. A cidade formal e a cidade renegada. E mais isso nos faz igualmente submissos e passivos, mas diferenciadamente culpados.

http://www.youtube.com/watch?v=Lb90MRDknmo

Foi isso que ele disse... e olhem como estamos.

Um comentário:

  1. Aline,

    Vou postando meu primeiro comentário por aqui. Eu também acho que somos todos sempre culpados, de formas diferentes e com consequências, também. A violência urbana não é apenas uma questão de ausência de disciplina, de impunidade, de descumprimento da função dos órgãos públicos, de desrespeito ao cidadão, da irresponsabilidade social de todos nós, da gigantesca desigualdade, do medo, da inércia, da incapacidade de reagirmos e de atuarmos. É de tudo isso e de nossa incrível capacidade de adaptabilidade. É uma questão de sobrevivência? Também. Mas se pensarmos que descendemos de uma ordem animal que consideramos tão inferior - sim...sou completamente darwinista - e que, milhares de anos depois, temos esse nível de evolução e estratificação social....é sempre tempo de acreditar que a solução só parte de um único grupo: nós mesmos. Por isso também concordo que somos todos vítimas e algozes.

    bjss. Vou continuar visitando por aqui, mas espero o seu comentário amanhã, sexta, na minha crônica do dia no www.criativisse.blogspot.com

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