domingo, 13 de março de 2011

Mais de mil palhaços no salão

Conversando com um amigo ontem concluí que estou cada di mais radical. Já nem sei se isso é bom ou ruim. E nem se devo ou quero ser diferente. E no mesmo bate-papo rimos muito das histórias do carnaval, que na verdade só são motivo de riso porque somos brasileiros...E fazemos de tudo piada:

1- Mocinhas com pistola jogando água em outras mocinhas que tentavam não se molhar com a brincadeira. Não tinha escolha. E se fosse entre homens? Briga na certa. Mas a sociedade vê a briga entre mulheres como baixaria. Aí a gente engole a raiva e sente pena da mocinha...

2- O cara que estaciona a mão no ombro da menina. Ela tira e ele diz: só estou querendo passar. Vai, essa é pra rir mesmo!

3- Os mijões e as mijonas. OK! Falta banheiro químico. OK! Eles são MUITO sujos. Salvo os viciados, dá pra parar de beber um pouco antes de quase fazer nas calças, né? E pros alcoólatras também há solução. Ontem numa rua do Centro do Rio um MAR de xixi alagou o passeio. Um nojo! Em Ipanema vi em 30 minutos uns 30 serem detidos. E o Guarda Municipal me jurou que a fiscalização é a mesma no centro da cidade.

4- Sinal fechado também funciona no carnaval. E lá estava eu indignada, com a mão na cintura e olhar fuzilante esperando o infrator terminar de avançar a faixa para ver se eu poderia atravessar depois disso ou se outro folião sem educação ia fazer o mesmo. Aliás, ultrapassar sinal vermelho é falta de educação cafona!

5- Meus vizinhos bestiais que não tiram a mão da buzina quando o sinal abre e os carros não andam. Jogar ovo é disperdiçar alimento. Se desse tempo eu desceria as escadas correndo para bater boca. Ainda arrumo um jeito de eles saberem da minha revolta.

6- Ah, a Beija-Flor homenageou Roberto Carlos. A Nestlé homenageia os dois na propaganda de aniversário. É! Aquela que passou antes das transmissões da Sapucaí. É, aquela que está passando há tempos. Não, a Globo não ganha dinheiro com isso. Só marca território, mostra até onde vão seus tentáculos para defender suas preferências e sim, mostra seu poder.



Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.

4 comentários:

  1. Pois é, cada vez mais a falta de respeito imperando, em qualquer época do ano, mas talvezno Carnaval isso aflore mais, as pessoas mostram o quanto estão despreparadas para a liberdade. Porque esquecem que liberdade requer responsabilidade e respeito.

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  2. Perguntei a um amigo que fez xixi na rua se ele faria o mesmo no cantinho de uma boate, caso a fila estivesse muito grande e ele com uma vontade imensa de ir ao banheiro. A resposta dele foi não, pois é lugar fechado e tal. E ainda se indignou quando eu disse que a rua é lugar público e que depois do Carnaval quem vai ter que aguentar o fedor de urina são os moradores da cidade, pois os turistas todos vão para suas cidades limpinhas e cheirosas.
    O número de foliões no Rio aumentou muito. As pessoas entenderam que o Carnaval aqui é bom e barato. Alguns blocos tinham média de público de, sei lá, 10 mil pessoas e em 2011 o número triplicou. Aí não há organização que resista a um aumento desses...

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  3. É verdade, por um lado é bom que o Carnaval por aqui volte a crescer, mas concordo que não há organização que dê jeito quando se trata de um povo totalmente mal educado!

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  4. É, Manu. Aquela velha história: o público é seu, não meu. Enquanto as pessoas pensarem assim... Mas, andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar.

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