Conversando com um amigo ontem concluí que estou cada di mais radical. Já nem sei se isso é bom ou ruim. E nem se devo ou quero ser diferente. E no mesmo bate-papo rimos muito das histórias do carnaval, que na verdade só são motivo de riso porque somos brasileiros...E fazemos de tudo piada:
1- Mocinhas com pistola jogando água em outras mocinhas que tentavam não se molhar com a brincadeira. Não tinha escolha. E se fosse entre homens? Briga na certa. Mas a sociedade vê a briga entre mulheres como baixaria. Aí a gente engole a raiva e sente pena da mocinha...
2- O cara que estaciona a mão no ombro da menina. Ela tira e ele diz: só estou querendo passar. Vai, essa é pra rir mesmo!
3- Os mijões e as mijonas. OK! Falta banheiro químico. OK! Eles são MUITO sujos. Salvo os viciados, dá pra parar de beber um pouco antes de quase fazer nas calças, né? E pros alcoólatras também há solução. Ontem numa rua do Centro do Rio um MAR de xixi alagou o passeio. Um nojo! Em Ipanema vi em 30 minutos uns 30 serem detidos. E o Guarda Municipal me jurou que a fiscalização é a mesma no centro da cidade.
4- Sinal fechado também funciona no carnaval. E lá estava eu indignada, com a mão na cintura e olhar fuzilante esperando o infrator terminar de avançar a faixa para ver se eu poderia atravessar depois disso ou se outro folião sem educação ia fazer o mesmo. Aliás, ultrapassar sinal vermelho é falta de educação cafona!
5- Meus vizinhos bestiais que não tiram a mão da buzina quando o sinal abre e os carros não andam. Jogar ovo é disperdiçar alimento. Se desse tempo eu desceria as escadas correndo para bater boca. Ainda arrumo um jeito de eles saberem da minha revolta.
6- Ah, a Beija-Flor homenageou Roberto Carlos. A Nestlé homenageia os dois na propaganda de aniversário. É! Aquela que passou antes das transmissões da Sapucaí. É, aquela que está passando há tempos. Não, a Globo não ganha dinheiro com isso. Só marca território, mostra até onde vão seus tentáculos para defender suas preferências e sim, mostra seu poder.
Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.