sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tempos bárbaros

Uma pausa nos posts do Dona Marta hoje porque uma notícia me chocou muito nesta manhã: um condenado por homicídio nos EUA foi penalizado com fuzilamento por opção do próprio réu (leia a matéria na íntegra aqui). Há 14 anos esse tipo de penalidade não acontece.

Quem acompanha o blog sabe que estudo possíveis motivos para a violência e que, apesar de explicada, tenho dificuldade em justificar a violência por pensar que no lugar da vítima poderia estar meu pai, minha mãe, meu filho, meu irmão. Sentimento humano. Mas humano também foi o que percebi como bárbaro no fuzilamento de um condenado. Concordo com a perpétua em um sistema prisional eficiente, mas não defendo a pena de morte.

Acho natural do ser humano querer a morte de quem matou uma pessoa querida. Mas (o que pode ser contraditório)onde fica a coragem para aceitar um fuzilamento? Ou uma injeção letal, ou uma cadeira elétrica...

Ainda acredito num novo começo de era. De gente fina, elegante e sincera. E quero me incluir nessa era.

Um comentário:

  1. Apesar de cartesiana, Aline tem alguma ideologia diferente da dos cartesianos atuais. Uma mistura curiosa.

    E como diz Juca Kfouri, "jornalista que não quer melhorar o mundo, errou de profissão."

    Que bom que Aline está na profissão certa!

    Mas a luta há séculos ainda está só começamndo, afinal como disse Saramago, "não sou pessimista, o mundo é que é péssimo."

    Liberdade! Nada de prisões, penas. Se por um lado isso é impossível agora, por outro acho totalmente possível um mundo melhor com educação. Educação de verdade, em que as pessoas aprendam a pensar por elas mesmas e a respeitar os demais. E não colocar simplesmente na escola. Afinal, como dizia Sócrates (o Brasileiro, o jogador): "educar é socializar, colocar na escola simplesmente é outra coisa."

    ResponderExcluir